Atualizações Covid-19: guia com as principais informações

Atualizações Covid-19

Após um ano de pandemia e mais de 3 milhões de vidas perdidas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo coronavírus continua sendo uma ameaça global, apesar da aplicação da vacina já estar em andamento.

No Brasil, 78 milhões de doses contra o coronavírus já foram aplicadas até o fechamento deste texto, em 14 de junho, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Estão sendo distribuídos os imunizantes da Astrazeneca/Oxford (Fiocruz), CoronaVac (Butantan), Pfizer (BioNTech) e, em breve, o país deve receber doses da Janssen (Johnson & Johnson) – as vacinas Covaxin e Sputnik-V estão em análise pela Anvisa.

Em todos esses meses, diversas descobertas foram feitas sobre a Covid-19, doença que já acometeu 175 milhões de pessoas no mundo. O número continua crescendo todos os dias, e mesmo após vacinado, todos devem continuar seguindo os cuidados de prevenção. Para ajudar a população, o HCX preparou um compilado sobre as atualizações da doença, confira a seguir. 

O que é uma pandemia?

A OMS declarou em 11 de março de 2020 a pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov 2). De acordo com a organização, o termo se refere à disseminação mundial de uma doença por diversos continentes e com a transmissão sustentada de pessoa a pessoa. 

Antes da Covid-19, a pandemia mais recente ocorreu em 2009, com a chamada gripe suína, provocada pelo H1N1 – uma nova cepa do vírus Influenza. Acredita-se que o vírus veio de porcos e aves, com as primeiras transmissões registradas em uma região central do México. Em junho daquele ano, o H1N1 estava presente em 75 países e contabilizava mais de 36 mil casos. 

Com um esforço de vacinação em massa, em agosto de 2010 a OMS declarou o fim da pandemia. Ao todo, 187 países registraram casos e quase 300 mil pessoas morreram em todo o mundo. O vírus permanece entre nós até hoje e todos os anos a vacina contra a gripe H1N1 é aplicada nos brasileiros.

Como o coronavírus é transmitido?

Segundo as evidências mais recentes, o novo coronavírus é transmitido principalmente de três maneiras: contato, gotículas e aerossóis. O SARS-CoV-2 se propaga através de pequenas gotículas expelidas por uma pessoa infectada – pela boca ou nariz – quando ela tosse, espirra ou fala, principalmente quando se encontra a 1 metro de distância de outra pessoa. 

Segundo a OMS, o vírus também se propaga em espaços mal ventilados e/ou cheios. Isso acontece pela presença de aerossóis no ar. É possível ainda se contaminar quando uma superfície contaminada é tocada e a pessoa leva as mãos aos olhos, nariz ou boca sem lavar as mãos. 

A organização também reitera que novas investigações têm sido feitas para entender melhor a propagação e as formas de contágio do SARS-CoV-2, já que algumas variantes do vírus são consideradas mais transmissíveis. 

Contaminação pelo vírus

Desde 2019, muitos avanços sobre o tema surgiram em diversos países. Pesquisadores da USP, Unesp e do Grupo Fleury, por exemplo, descobriram recentemente que alguns genes do sistema imune podem tornar o paciente mais suscetível ou mais resistente à contaminação pelo coronavírus; ou seja, a doença tem relação com a genética.

O conhecimento científico também esclareceu que não se trata de uma doença respiratória, e sim vascular. Isso explica o motivo dos infectados apresentarem sintomas em diferentes partes do corpo – todas têm base vascular.

Como prevenir a Covid-19?

A máscara deixou de ser novidade e se tornou um acessório indispensável para todos os brasileiros. Afinal, ela é capaz de bloquear gotículas potencialmente infecciosas e diminuir as chances de contaminação.

Uma pesquisa que foi liderada pelo físico do Instituto de Física da USP Fernando Morais indicou que as máscaras N95, cirúrgicas e de TNT apresentaram 98%, 89% e 78% de eficiência no bloqueio de partículas, respectivamente. Já a máscara caseira, feita de algodão, apresentou uma eficiência variável, entre 20% e 60%.

Usar duas máscaras também aumenta a proteção em 92,5%, desde que seja uma de pano sobre uma máscara médica (a cirúrgica azul descartável, por exemplo).

Vacinado ou não, todos devem continuar usando máscara, higienizando as mãos com água e sabão ou álcool gel, além de praticar o distanciamento social para evitar a transmissão do vírus – essas são medidas de prevenção comprovadas em todo o mundo.

Mutações da Covid-19

Já foram identificadas quase mil variantes do novo coronavírus, sendo que no Brasil circulam de 60 a 100 delas. As mais preocupantes são a P.1, identificada em Manaus, a do Reino Unido (B.1.1.7), a da África do Sul (B.1.351) e a da Índia (B.1.617).

No Brasil, ao menos três novas cepas surgiram e ganharam atenção internacional: a P.4, descoberta no interior de São Paulo, a P.2, do Rio de Janeiro, a de Manaus e a N9. Pesquisas indicam que são mais transmissíveis e podem gerar casos mais graves.

“O coronavírus é feito de RNA – ácido ribonucleico, e por isso sofre mutação muito rápida dentro do corpo humano. A principal característica da família do coronavírus é se adaptar ao homem”, explica Dr. Marcos Boulos, infectologista do Hospital das Clínicas.

Quais as sequelas da Covid-19?

Qualquer pessoa que teve Covid-19 pode apresentar sintomas depois de curado, independente de ter sido internado ou não. Falta de ar foi a queixa mais apontada por pacientes de várias partes do mundo meses após a fase aguda da infecção.

Os resquícios da doença já foram batizados de “covid longa”, “covid persistente”, “síndrome pós-covid”, e novos nomes continuam surgindo.

Quem não foi contaminado também sofre as consequências da pandemia, afinal a mudança de rotina, a preocupação com a família e amigos e o luto podem gerar depressão, dificuldade para dormir e ansiedade, por exemplo.

Fique atento aos sinais do corpo e ao comportamento dos familiares, e ao perceber qualquer alteração ou incômodo, procure ajuda! 

Por que é importante se vacinar?

Recentemente, detalhamos em nosso blog a importância da vacinação contra a Covid-19. Na falta de remédios eficazes, a imunização é a saída mais eficaz – aliada às medidas de higiene e distanciamento social – para diminuir a disseminação do novo coronavírus. 

Com um histórico de sucesso na imunização no Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é o único país a ter conseguido vacinar 80 milhões de pessoas em 3 meses, feito atingido na campanha de 2010 contra o vírus H1N1. 

As vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atendem a altos padrões de exigência e qualidade: pesquisa básica, testes não clínicos e estudos clínicos em três fases até o registro oficial. Tudo isso para garantir a segurança e eficácia dos imunizantes contra a Covid-19. 

Ao se proteger e se vacinar, o vírus circula menos, e consequentemente sofre menos mutações. Por isso, reforçamos a importância de se vacinar quando chegar a hora certa, e de continuar com as medidas preventivas.

Atualização médica para coronavírus

Como a contaminação por coronavírus demanda suporte de diversas áreas da saúde, e constantemente novas descobertas científicas sobre a doença são apresentadas, o HCX disponibilizou um curso de atualização gratuito.

Mais de 83 mil médicos e profissionais de saúde já assistiram às aulas, que contam com tutoriais, guias rápidos sobre cuidados em pacientes graves e tratamento para os necessitados.

Todo o conteúdo foi elaborado pelo HCX Fmusp, em parceria com o Instituto do Coração (InCor) e é oferecido gratuitamente, na modalidade EAD. Acesse a página do curso e se atualize também!