Como se tornar um neurocientista?

neurocientista no laboratório

A neurociência está presente em praticamente tudo o que fazemos no dia a dia. Desde a forma que nos comunicamos até no aparelho celular. Se tornar um neurocientista ajuda a entender o funcionamento do sistema nervoso central e como tudo está relacionado. 

“A neurociência está sempre permeando a vida do ser humano, ainda mais no contexto atual. Com o crescimento da curiosidade da população, se faz necessária a abordagem sobre o tema de forma clara e objetiva”, afirma o Prof. Dr. Guilherme Lepski, médico neurocirurgião e professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP. 

A área não é voltada somente para profissionais que desejam se tornar neurocientistas – ela é ampla e fornece um conhecimento que pode auxiliar no dia a dia de diversos profissionais, tanto da saúde, como da área de exatas, humanas e ciências.

“Cada vez mais as pessoas querem entender como o cérebro funciona e qual o papel dele em tudo o que fazemos”, ressalta a Dra. Analía Arévalo, coordenadora do Curso de Especialização em Neurociências do HCX Fmusp. 

Quem pode ser Neurocientista?

Não é necessário ser médico para se especializar em Neurociência. No HCX Fmusp, aliás, o curso agrega profissionais de diversas áreas. O desafio é buscar meios de tornar o ambiente de estudo dinâmico e interessante para alunos com os mais variados graus de conhecimento e habilidades. 

“Nós começamos explicando desde o que é um neurônio até sistemas mais complexos. Apresentamos o básico e o conteúdo mais complexo, de forma que as informações se complementam. Além disso, o modelo interativo faz com que o conteúdo não seja difícil para uns que conhecem menos, nem chato para quem tem mais conhecimento”, explica a Dra. Analía Arévalo.

Os coordenadores ressaltam que muitos alunos chegam no curso buscando respostas para algumas questões, como a causa de uma doença neurológica de um familiar, algo pessoal relacionado à neurociência, entre outros. “No curso, capacitamos o aluno para que ele saiba elaborar perguntas corretamente sobre o assunto, em vez de respondermos essas questões para eles. Ou seja, ensinamos o aluno a se perguntar corretamente, buscar essas respostas e filtrar a melhor entre elas”, conta o Prof. Dr. Guilherme Lepski. 

O que estuda a Neurociência?

Além das aulas teóricas, os alunos participam de atividades práticas, provas dinâmicas, apresentações e debates em grupo – tudo para tornar o ambiente leve e de fácil aprendizado para todos.

O trabalho de conclusão de curso também é algo que foge do tradicional: os alunos escolhem temas de seu interesse e contribuem para o livro Desenrolando Cérebro, que é voltado para o público leigo. “Uma coisa muito importante para o aprendizado é a atmosfera do aprendizado. Para nós, é essencial manter esse ambiente leve, dinâmico, descontraído e proporcionar mais envolvimento dos alunos”, reforça o Prof. Dr. Guilherme Lepski. 

Outro fato importante sobre o curso é que, por ser voltado para multiprofissionais, os alunos podem interagir com outras áreas do conhecimento e aprendem diferentes pontos de vista com os colegas de sala. Com isso, é possível enriquecer ainda mais os debates. “Nessa era em que as pessoas querem respostas rápidas, elas têm dificuldade de pensar cientificamente. Como a ciência não te dá a resposta certa, é na busca das melhores perguntas que o aluno encontrará a resposta. É algo que realmente muda a forma como as pessoas pensam”, conclui a Dra. Analía Arévalo. 

Para se tornar um neurocientista ou aprender mais sobre o sistema nervoso e aplicar o conhecimento em outras áreas, acesse o site e inscreva-se no Curso de Especialização em Neurociência do HCX!