Qual o papel do Biomédico no Diagnóstico por Imagem?

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O biomédico atua entre a Biologia e a Medicina e, até mesmo por isso, tem um amplo campo de atuação. Sua formação possibilita a manipulação de microrganismos que podem virar medicamentos, a realização de exames de biologia molecular, pesquisa e desenvolvimento de produtos derivados de biotecnologias e até mesmo a participação na perícia de crimes por meio da análise de tecidos. Além disso, o biomédico pode atuar no diagnóstico por imagem, através da habilitação em imagenologia.

Ele pode realizar exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada, radioterapia e radiologia médica em geral. Seu papel é importante para garantir um diagnóstico adequado aos pacientes por meio da correta aquisição e manipulação das imagens que serão depois enviadas para laudo médico.

No diagnóstico por imagem, o profissional se envolve com diversas atividades, entre elas, a preparação do paciente durante o exame, passando instruções e informações. Ele também é responsável pela operação dos equipamentos e pelo processamento das imagens – com a utilização de determinados recursos, é possível melhorar a visualização de lesões e de estruturas anatômicas, além de extrair parâmetros quantitativos.

“A comunicação com a equipe médica é estreita e primordial, pois é o biomédico quem passa as informações dos exames de imagem para os radiologistas e ainda responde qualquer dúvida que possa surgir”, afirma a Dra. Maria Concepción García Otaduy, vice-coordenadora do Laboratório de Ressonância Magnética em Neurorradiologia do InRad HCFMUSP. 

O que faz um Biomédico na Ressonância Magnética?

A ressonância magnética é um dos equipamentos de diagnóstico por imagem mais robustos e sofisticados. O biomédico é capaz de conduzir com maestria a realização do exame, que é executado através da interação de um campo magnético muito potente com os átomos de hidrogênio no corpo do paciente.

Para que tudo saia dentro do planejado e com uma imagem de qualidade, são necessários conhecimentos técnicos, habilidade de resolução de problemas e de processamento de imagens. O processo é delicado e envolve alguns desafios, como a complexidade do equipamento, que muitas vezes exige conhecimentos de física, e a segurança do paciente durante a exposição ao campo magnético, já que para alguns, como para quem tem implantes de metal no corpo, a RM é perigosa.

Analisar quais artefatos estão presentes que podem prejudicar a interpretação também faz parte do trabalho do biomédico durante o diagnóstico por imagem. Eles podem ser desde acessórios metálicos na roupa ou cabelo, até uma simples maquiagem. O ajuste do equipamento para conseguir imagens de alta qualidade também é de sua responsabilidade, assim como a análise de informações, que pode ser complexa e requer habilidades de processamento avançadas.

“A técnica exigida pela ressonância magnética está em constante desenvolvimento, e isso exige que o biomédico esteja sempre atento em busca de novas atualizações das ferramentas”, comenta a especialista.

Especialização em diagnóstico por imagem para biomédico

O curso de Especialização em Ressonância Magnética para Biomédicos e Tecnólogos em Radiologia, do HCX Fmusp, integra tanto a parte teórica necessária, quanto a parte prática. Coordenada pela Professora Maria Concepción e  pela Professora Gabriela Montezel Frigério, a pós-graduação prepara os profissionais para atender pacientes submetidos à RM e para lidar com toda a recente tecnologia do equipamento e procedimento. Ao final do ano letivo, o aluno  está pronto para ser inserido no mercado de trabalho.

“Para quem já é biomédico, o curso é de extrema importância por trazer atualizações da área, como as últimas técnicas e avanços, com treinamento e conferências”, finaliza.

Acesse o site do HCX e saiba mais sobre o curso de Especialização em Ressonância Magnética para Biomédicos e Tecnólogos em Rediologia!