A história da medicina de emergência na USP

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A necessidade do tratamento de doenças e traumas que precisam de atendimento imediato foi o impulso para a criação da medicina de emergência no mundo. A trajetória dessa especialidade começou na década de 1970, nos Estados Unidos. 

No Brasil, a medicina de emergência na USP começou a fazer parte da grade curricular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1992. No mesmo ano, os primeiros sistemas de atendimento pré-hospitalar começaram a ser montados no país, nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto e Porto Alegre; eles seguiam o modelo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) francês. 

A medicina de emergência na USP, e em todo país, ainda é considerada uma especialidade nova. Em 2015, ela passou a ser reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e, de acordo com os dados da última Demografia Médica no Brasil, realizada em 2020, ainda conta com um número pequeno de profissionais: são 52 especialistas titulados e 239 residentes.

“Como ainda é uma especialidade nova, os serviços de atendimento de emergência não são estruturados para contar com esse especialista. Se em alguns lugares a incorporação do emergencista está sendo rápida, em outros pode demorar até uma geração para que isto aconteça”, conta Dr. Julio Marchini, Supervisor do Programa de Residência Médica em Medicina de Emergência na USP

Quais os desafios da Medicina de Emergência? 

No departamento de emergência chegam uma grande diversidade de pacientes e de acometimentos. Ou seja, se faz necessária a capacitação do médico para que ele saiba lidar com todas essas essas condições. “Existem benefícios interessantes de ter um pronto-socorro contando principalmente com emergencistas”, afirma o Dr. Julio.

No modelo tradicional, em que os pacientes são triados para diferentes especialidades clínicas e cirúrgicas, eventualmente acontecem equívocos de triagem. “A consequência de atraso para diagnóstico do paciente no modelo com o emergencista não haveria esse problema. Outra vantagem é que na especialidade de emergência, um dos focos é um treinamento específico de priorizar e manejar de forma ágil aquilo que pode rapidamente matar o paciente”, reforça o Dr. Julio.

Como é a residência em medicina de emergência na USP?

Em 2017, a Residência em Medicina de Emergência na USP começou sua primeira turma. “Em março de 2022, acabamos de formar a terceira turma da residência no HCFMUSP, e recebemos a sexta turma de residentes”, conta o Dr. Julio. 

Durante a residência, o profissional se concentra no atendimento dos acometimentos agudos, com casos que vão desde a baixa até a alta complexidade. Além da capacitação para o atendimento efetivo dentro do pronto-socorro, existe também o foco para gestão dos serviços de emergência de um complexo hospitalar.

“O residente passa a maior parte da residência em prontos-socorros atendendo casos de diferentes portes e gravidades desde a pediatria até a geriatria. A residência é complementada com treinamento em unidade de tratamento intensivo (UTI), atendimento pré-hospitalar e observação de pronto-socorro”, finaliza o Dr. Julio

Para os médicos que atuam em pronto-socorros e desejam se aprimorar na área, existe o curso de Medicina de Emergência USP,  oferecido pelo HCX. Acesse o site do HCX e saiba mais!

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