Monitoramento digital de pacientes crônicos é o futuro da medicina?

A telemedicina ganhou muito destaque no Brasil e no mundo durante a pandemia de covid-19. Os pacientes que precisavam tratar doenças crônicas tiveram uma ótima saída para continuar os tratamentos, e o monitoramento digital se mostrou eficaz para isso. 

Com essa necessidade, observou-se que a telemedicina pode ser uma junção da melhora em tratamentos e atendimento primário ao paciente, o que fez o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentar a prática no país.

Em live transmitida no canal do YouTube do HCX Fmusp, moderada pelo Prof. Dr. Carlos Roberto Carvalho, diretor da Saúde Digital do HCFMUSP, os palestrantes Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelista Albert Einstein, e Profa. Dra. Linamara Batistela, professora titular de Fisiatria, Medicina Física e Reabilitação da FMUSP, explicaram como é feito o monitoramento do paciente crônico na saúde digital. 

“A telemedicina entrou em nossas vidas de maneira incrível, e de tão natural se tornou um veículo absolutamente necessário dentro do atendimento. Na reabilitação dos pacientes, o monitoramento digital é uma grande oportunidade de acesso aos que têm a mobilidade reduzida e dificuldade de realizar os tratamentos presencialmente”, afirmou a Profa. Linamara. 

De acordo com os especialistas, essa é uma estratégia de cuidado com o paciente que veio para revolucionar ainda mais a medicina e ajuda a evitar idas desnecessárias aos postos de saúde na atenção primária. Porém, isso não anula os atendimentos presenciais, quando necessários – ou seja, o monitoramento digital vem para somar os tratamentos e prevenções, e não para substituir completamente. 

“O monitoramento digital é realizado por meio de uma plataforma de banco de dados, em que é possível armazenar informações e monitorar o paciente crônico por meio de dados de batimento cardíaco, saturação e pressão arterial, por exemplo. Esses são os mais simples de serem armazenados, mas que permitem uma série de alertas quando há alguma inconformidade”, explicou a Profa. 

Os algoritmos podem ser desenvolvidos para previsão, prevenção e intervenção de eventos de saúde, possibilitando acompanhar de perto um número maior de pacientes. “Por meio do monitoramento é possível controlar o tratamento do paciente de forma digital e mais eficiente, já que as informações são armazenadas e compartilhadas com outros especialistas”, completou. 

O futuro do monitoramento digital

O monitoramento presencial do paciente crônico é padrão ouro na medicina, e o monitoramento digital é uma forma de complementar este cuidado. “Nós estamos comprometidos a construir os parâmetros da saúde digital seguindo um método híbrido, e deixando para o modelo presencial as situações que realmente não podem ser atendidas à distância”, ressaltou a Profa. Linamara.

A história e o conjunto de informações sobre o paciente é fundamental para tratamentos e prevenções ao paciente crônico, e o banco de dados digital tem o objetivo de melhorar ainda mais o modelo de acompanhamento presencial. 

“Nós vamos focar ainda mais no paciente, na saúde e no reconhecimento de situações de risco. Com isso, vamos investir para tirar esse paciente do hospital e deixar quem realmente precisa dessa atenção presencial”, reforçou o moderador Prof. Dr. Carlos Carvalho. 

Atualização em monitoramento digital 

O curso de Saúde Digital: do conceito à aplicabilidade é oferecido pelo HCX e capacita o médico para o monitoramento digital do paciente. Desenvolvido na modalidade EAD, reúne aulas com professores renomados e encontros com transmissão ao vivo. 

Para conferir a live sobre monitoramento digital do paciente crônico, acesse o nosso canal no YouTube. Em nosso site é possível conferir mais detalhes sobre a especialização!