HCX lança curso de Psiquiatria Intervencionista

curso de Psiquiatria Intervencionista

Os novos casos de depressão e ansiedade ficaram ainda mais frequentes durante a pandemia, reflexo do distanciamento social, das mudanças de rotina e da morte de pessoas próximas – o Brasil chega aos 200 mil mortos nesta primeira quinzena de janeiro. Visando aumentar a quantidade de profissionais capacitados para suprir a alta demanda e ajudar a população, o HCX lançou o curso de Psiquiatria Intervencionista para psiquiatras, neurologistas, anestesistas e clínicos geral.

Psiquiatria Intervencionista
Dr. José Gallucci Neto, coordenador do curso de Psiquiatria Intervencionista e diretor médico do Serviço de ECT e Vídeo EEG do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HCFMUSP)

É o único curso do Brasil que aborda as mais avançadas técnicas de estimulação neuroelétrica, neuromodulação e infusão de ketamina para tratamento de transtornos mentais graves, tendo mais de 75% da carga horária com aulas práticas.

“O tratamento com antidepressivos de primeira linha demonstra eficácia em até 70% dos casos. Mas, dependendo da progressão ou gravidade do quadro, é necessária a adoção de outras metodologias”, afirma o Dr. José Gallucci Neto, um dos coordenadores do curso e diretor médico do Serviço de ECT e Vídeo EEG do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Por isso, capacitar profissionais para atuar em tratamentos não farmacológicos é fundamental para aumentar as chances de melhora na saúde mental do paciente.

É importante lembrar que a atividade física também é fundamental para a saúde mental – e é possível se movimentar sem sair de casa, por conta da pandemia. Meditação e qualquer outra atividade que reduza o nível de estresse e ajude a relaxar são sempre recomendadas.

Curso de Psiquiatria Intervencionista e a estimulação cerebral

“Os antidepressivos para depressão e ansiedade, por mais que sejam os mais conhecidos e recomendados, não são os únicos. Existem outras formas de tratamento que não implicam em medicamentos, como psicoterapias e tratamentos não farmacológicos. É importante que os médicos psiquiatras saibam que outras modalidades existem e que eles podem indicar para o paciente ou receber treinamentos para aplicação”, diz Dr. Gallucci.

Um dos tratamentos não farmacológicos, por exemplo, é a estimulação cerebral por corrente elétrica contínua – que as pessoas chamam equivocadamente de eletrochoque. “Durante o tratamento, nós criamos um campo magnético para estimular as áreas do cérebro de forma não invasiva e indolor. É um método praticamente sem efeitos colaterais, com uma possibilidade de tratamento sem envolver medicamentos”, comenta o psiquiatra do IPq, Dr. Leandro da Costa.

Outros métodos abordados durante as aulas são a neuromodulação, que utiliza técnicas de estimulação magnética transcraniana (EMT) e estimulação elétrica transcraniana (EET), e o uso de escetamina.

“O grau de eficácia dessas novas técnicas adotadas pelo IPq, considerado o maior e mais bem equipado centro de especialidade no Brasil, estimulou a criação do curso”, completou Dr. Gallucci. 

O curso de Psiquiatria Intervencionista é voltado a profissionais de saúde de todo o país e tem início em março deste ano, com duração de 10 meses. As inscrições estão abertas. Acesse o site do HCX e garanta a sua vaga.