Alta nos casos de Dor crônica amplia mercado a profissionais de saúde

Dor crônica amplia mercado a profissionais de saúde

Dores crônicas são um dos principais motivos que provocam o afastamento de brasileiros do trabalho. É o que mostra um levantamento feito pela consultoria B2B. O quadro é um problema de ordem pública, que tem exigido cada vez mais qualificação dos profissionais da saúde.

Segundo a Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED), mais de 60 milhões de brasileiros convivem diariamente com dores crônicas. Dor de cabeça, na coluna e articulações são algumas das mais frequentes. Algumas dores podem ser tão fortes que acabam por comprometer a produtividade e capacidade de trabalho. Essas doenças, em sua grande maioria, apresentam uma dupla relação de causa e efeito, estando justamente ligadas às circunstâncias do ambiente de trabalho.

A enorme complexidade e demanda tem ganhado cada vez mais atenção de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e profissionais de saúde. Diretor do Centro de Dor do HCFMUSP e coordenador do curso de Avaliação e Tratamento Interdisciplinar de Dor, o Prof. Dr. Manoel Jacobsen Teixeira acredita que em até 10 anos, novas tecnologias mais eficientes e seguras estarão disponíveis no mercado. “A descoberta que os antidepressivos e anticonvulsivantes têm uma ação importante na profilaxia da dor foi o grande avanço que ocorreu nos últimos 40 anos dentro da esfera dessa terapêutica”, completa.

Praticar atividade física com regularidade é considerada uma das principais formas de se prevenir as dores crônicas na fase adulta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para os profissionais de saúde que têm a intenção de se entender mais sobre dor, o principal caminho é buscar uma formação na área.

Especialização em Dor

A Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP) e SBED têm se dedicado na busca por novas estratégias de tratamento e de prevenção de dores crônicas. Ambos os órgãos se esforçam também na capacitação de profissionais da área de saúde, para que eles estejam habilitados a identificar, diagnosticar e propor condutas às principais síndromes dolorosas e possam prestar uma assistência efetiva que modifique esse quadro alarmante de incidência de dor.

Referência em saúde pública e ensino, o Hospital das Clínicas da FMUSP oferece o curso de aperfeiçoamento em Avaliação e Tratamento Interdisciplinar de Dor, para profissionais da saúde. Pioneiro na área no país, conta com um corpo docente multidisciplinar que apresenta vasta experiência em pesquisa e assistência à população acometida por dores crônicas.

O curso ainda possui visitas ambulatoriais, nas quais o aluno tem a oportunidade de vivenciar na prática o aprendizado teórico em sala de aula, através da participação em casos reais e de discussões clínicas com profissionais renomados. O programa está organizado de forma interdisciplinar, com carga horária de 240 horas e 15 meses de duração.

Há também a Pós-graduação em Dor, exclusiva para médicos. Um diferencial para quem deseja se aprofundar em determinados temas e prestar prova para obter título de especialista em dor da Associação Médica Brasileira (AMB). Esta modalidade aumenta a carga horária para 600 horas com duração de 18 meses.

Estes são os cursos do mercado que oferecem o maior número de ambulatórios em diferentes especialidades, e a possibilidade de conhecimentos das mais variadas e modernas estratégias de intervenção de síndromes dolorosas.