Fisioterapia respiratória pediátrica: o que é, rotina e como se especializar 

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A fisioterapia respiratória pediátrica é uma especialidade que previne e trata os distúrbios respiratórios e motores em lactentes, crianças e adolescentes. O acompanhamento do profissional pode ser realizado tanto no hospital quanto em casa, a depender da gravidade do quadro. 

“A área atua com crianças com desconforto respiratório, aumento da secreção pulmonar, piora da expansibilidade pulmonar ou no caso de doenças crônicas, como asma e fibrose cística, no controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida”,  explica Dra. Ana Lucia Capelari Lahóz, fisioterapeuta e diretora do serviço de Fisioterapia do Instituto da Criança e do Adolescente do HCFMUSP

Como é realizada a fisioterapia respiratória pediátrica?

A escolha da abordagem em fisioterapia respiratória pediátrica é sempre analisada individualmente, levando em consideração as particularidades anatômicas e fisiológicas da criança, e a fisiopatologia da doença.

O tratamento é impactado pelo ambiente em que ele se encontra e sua complexidade, seja em casa ou internado. “A escolha da técnica depende da avaliação inicial feita pelo fisioterapeuta, que se baseia nos dados clínicos e nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente no momento”, explica a especialista. 

O fisioterapeuta também é responsável pela monitorização e desmame da oxigenoterapia ou do suporte ventilatório invasivo ou não invasivo.

Quais os tipos de exercícios respiratórios?

O tratamento das crianças mais novas emprega predominantemente exercícios respiratórios manuais e passivos. À medida que a criança se torna capaz de participar ativamente, é possível incorporar o uso de equipamentos e elementos lúdicos, como itens que incentivem a criança a soprar, por exemplo.

Entre os benefícios, os exercícios da fisioterapia respiratória pediátrica auxiliam na melhora da expansibilidade pulmonar, prevenindo o colapso pulmonar. 

Como é a rotina do profissional?

O fisioterapeuta atua em conjunto com uma equipe multiprofissional, participando de discussões de casos e estabelecendo objetivos e metas terapêuticas.

Segundo a Dra. Ana Lucia, suas responsabilidades incluem “checar prontuário médico e informações clínicas do paciente e seus exames, avaliar e traçar condutas fisioterapêuticas,  monitorar o paciente conforme o local em que está (ambulatório ou UTI), além de reavaliar a criança após o atendimento e orientar a equipe e a família”.

Ela ainda acrescenta um conselho aos profissionais interessados na área: “Muito estudo, aperfeiçoamento, disposição, abertura para novos aprendizados e bom relacionamento interpessoal, e escuta ativa para o paciente, equipe e família”.

Especialização em fisioterapia respiratória pediátrica

A especialização em Fisioterapia Respiratória Pediátrica é fundamental para se destacar no mercado e ser reconhecido.

Fisioterapeutas interessados devem buscar um local que seja referência na área de pediatria e neonatologia – como o HCX Fmusp. 

A formação capacita os profissionais para atuarem com recém-nascidos, crianças e adolescentes com doenças ou distúrbios respiratórios, neurológicos e musculoesqueléticos. 

O curso conta com um corpo docente com especialistas na área, e oferece aulas teóricas e práticas, além do diploma do Hospital das Clínicas da USP – o maior complexo hospitalar da América Latina. 

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