Pacientes graves e em situação crítica, em casos de traumas, atropelamento, queimadura, infarto do miocárdio, dor no peito, pneumonia e, mais recentemente, Covid-19, são alguns dos atendimentos mais comuns da medicina intensivista. Porém, essa não é uma área exclusiva de condutas médicas, e cada vez mais exige capacitação dos profissionais em temas e áreas correlatos ou paralelos, que podem englobar de trauma a oncologia.
O que é Medicina Intensiva?
“A medicina intensivista é uma atividade multidisciplinar, e precisa de uma integração de equipe e profissionais com uma formação muito robusta, porque eles lidam com pacientes com alto risco de morte” afirma o Prof. Dr. Carlos de Carvalho, Diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração (InCor).
Criada em 1980, junto com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a medicina intensivista é uma área relativamente nova na saúde. Isto porque tem pouco mais de 40 anos que passou a ser reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. “A terapia intensiva representava entre 5 a 10% dos leitos dos hospitais durante a criação da especialidade. Atualmente, a tendência é ampliar este número para que permaneça nos hospitais apenas os pacientes mais graves. Com isso, na maioria dos serviços, cerca de 30% dos leitos são, ou serão, para UTI”, explica o Prof. Carlos.
O papel da tecnologia na medicina intensivista
É fato que a tecnologia e o uso de inteligência artificial vêm contribuindo para a medicina no Brasil e no mundo nos últimos anos. E o objetivo é deixar os hospitais cada vez mais tecnológicos a fim de proporcionar o melhor atendimento ao paciente e ajudar na prevenção de fatalidades.
“Com a tecnologia disponível, a intenção é conectar todas as informações de dados vitais dos pacientes e seus respectivos exames. Esses dados precisam estar disponíveis para a equipe multidisciplinar de forma útil e rápida. A pandemia de Covid-19 intensificou esse processo tecnológico e a necessidade de ter profissionais muito bem treinados dentro das UTIs”, conta.
Mesmo com o avanço, a integração de dados por meio da tecnologia ainda enfrenta desafios. As empresas que desenvolvem os equipamentos de UTI, reúnem as informações dos pacientes com protocolos diferentes, e consequentemente cada um deles coleta dados distintos também. O ideal e o que se deseja para tornar a tecnologia ainda mais benéfica para a medicina é abrir os protocolos de diferentes empresas para que as informações possam se conectar.
“De certa forma, nós estamos insistindo para que as empresas integrem seus sistemas e informações para facilitar o dia a dia na UTI, e percebemos que essa é uma grande tendência”, afirma o Prof. Carlos.
Curso de UTI capacita intensivistas
A medicina intensivista vai muito além da atuação do médico como a conhecemos. “É importante que o profissional tenha conhecimento de outras áreas que cercam a terapia intensiva para que esteja apto a realizar manejos que envolvem a enfermagem ou fisioterapia, por exemplo”, ressalta o Prof. Carlos.
Assim, o HCX desenvolveu o Curso UTI Online, que está em sua segunda edição. Voltado a médicos Intensivistas e especialistas em áreas correlatas à Terapia Intensiva, seu conteúdo reúne as atualizações da medicina intensiva para que o profissional esteja apto a lidar com as intercorrências dentro das UTIs.
O aluno tem à disposição 21 módulos de temas variados – de hemodinâmica, vascular e respiratório a sedação e analgesia, nutricional e grande queimado, entre outros. Há um módulo específico de Covid-19 e aspectos éticos e bioéticos também são abordados.
O curso enfatiza a complexidade que envolve o cuidado de pacientes graves e agudos dentro da terapia intensiva – uma área que requer profissionais capacitados de forma humanizada e com conhecimento atualizado nas condutas de tratamento.
Acesse o site do HCX e confira mais detalhes sobre a capacitação.