Terapia Cognitiva Comportamental ajuda pacientes com transtornos de humor

Terapia Cognitiva Comportamental

Os transtornos de humor são condições que podem afetar a vida do paciente como um todo: no trabalho, vida pessoal e o convívio em sociedade. A medicina já desenvolveu diversos meios de tratamento para as condições, e uma delas, que traz excelentes resultados ao paciente, é a terapia comportamental cognitiva (TCC).

A tristeza excessiva e exaltação de euforia são algumas das características que o paciente com transtornos de humor pode apresentar. “Eles alteram os sentimentos e emoções. Basicamente, os transtornos de humor são a depressão e o transtorno bipolar. Existe a depressão maior, que pode ser depressão bipolar (fase depressiva do transtorno bipolar); a distimia, que é uma depressão crônica; e o transtorno depressivo persistente, que é uma depressão que acompanha a pessoa ao longo da vida”, explica o médico psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, Prof. Dr. Tito Paes de Barros.

O diagnóstico de transtornos de humor acontece quando o paciente apresenta tristeza intensa ou perda de prazer na depressão, ou euforia na fase de mania do transtorno bipolar. A condição pode afetar pessoas de todas as idades, portanto, a terapia comportamental cognitiva pode ser indicada para qualquer faixa etária.

Como funciona a terapia cognitiva comportamental

Após o diagnóstico, o psiquiatra pode indicar a terapia comportamental cognitiva, aliada ao tratamento medicamentoso. Durante as sessões, o especialista utiliza técnicas que ajudam o paciente a ter autocontrole do humor, melhorar o raciocínio e o comportamento. A duração da terapia pode ser limitada ao episódio depressivo, ou pode ocorrer de forma contínua.

Embora os atuais estudos não evidenciem tanta eficácia no tratamento de transtorno bipolar, o professor ressalta que este é um campo muito promissor para a terapia comportamental cognitiva. Além disso, é importante que o psiquiatra consiga avaliar corretamente a gravidade da depressão do paciente para que a TCC traga bons resultados.  

“Se for muito grave e a pessoa estiver em um estado de apatia total, é difícil tratá-la com terapia comportamental cognitiva. O paciente pode entrar em um quadro de estupor melancólico, em que ele fica parado, em mutismo, sendo muito difícil intervir”, explica.

Pós-graduação em terapia cognitiva comportamental 

A abordagem da terapia comportamental cognitiva exige que o profissional tenha conhecimento teórico e experiência para realizar o tratamento com o seu paciente, e é uma área em ascensão, que demanda cada vez mais novos estudos.

“É necessário que haja mais estudos para que seja evidenciada a terapia comportamental cognitiva, para que então os profissionais possam encontrar novas abordagens técnicas”, finaliza o Prof. Dr. Tito Paes de Barros.

Mais estudos serão necessários para um maior respaldo da eficácia da TCC, sobretudo no transtorno bipolar, para a descoberta de novas abordagens que poderão ser utilizadas pelos profissionais.

Um dos meios de fomentar os estudos sobre a área é o curso de Pós-graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental, que faz com que o profissional compreenda as principais intervenções da TCC para os transtornos psiquiátricos, e se aprofunde na área. Acesse o site do HCX Fmusp e confira mais detalhes sobre a pós-graduação.